quarta-feira, 9 de março de 2011

CARNAVAL, O ÓPIO DO POVO


     Que brasileiro gosta mesmo é de sexo, cerveja, futebol e carnaval, não há dúvida. Mas ao me deparar com essa charge, lembrei-me de Karl Marx, quando este afirmava que a religião era o ópio do povo. Mas os tempos eram outros, os de Marx. O continente era outro. O país era outro. O povo idem. Analisando o que se tornou o carnaval brasileiro, chego à conclusão de que o carnaval e o futebol, além de outras coisitas más, são, de fato, as drogas atuais, que cegam a população diante de questões mais importantes, como o vergonhoso aumento do salário dos deputados e o humilhante aumento do salário mínimo para 545,00 reais. Mas o que representam esses problemas, na opinião da maioria da população, diante de 4 dias de folia (10 para muitos)?

   Minha única aventura nestes dias de Rei Momo foi em um bairro próximo à minha casa. Bastou para eu perceber que as pessoas, neste bairro, só buscavam bebidas, azaração e sexo. Ninguém dançava ou pulava... apenas caminhavam de um lado para o outro, expondo suas figuras, oferecendo seus corpos para o voyerismo coletivo ou para uma aventura qualquer. Deprimente. Isso é diversão? Enfim, nos outros dias, reuni família e amigos e promovi outro tipo de diversão, que nos agradou mais: jogamos baralho, jogamos can can (uno), jogo do cinema, bebemos, comemos, rimos, trocamos ideias, ouvimos música...

   E o tempo nem sequer serviu para ir à praia ou pegar uma piscina. Eu costumo curtir esses dias de folia nas praias (geralmente viajando). Mas, enfim... cada um na sua, afinal, opinião é igual a bunda: cada um tem a sua e dá quem quer! 

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